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Maria Firmina dos Reis: Romancista negra brasileira e abolicionista



por Yasmin Borges


Maria Firmina dos Reis nasceu na cidade de São Luís no Maranhão em 11 de outubro de 1825. Publicou seu livro, “Úrsula”, como o primeiro romance abolicionista escrito por uma mulher negra na literatura brasileira. Em 1847 foi aprovada em um concurso público para a Cadeira de Instrução Primária no município de Viamão. Ao se aposentar, fundou a primeira escola mista e gratuita do Maranhão. Isso causou grande rebuliço na época e a professora foi obrigada a suspender as atividades após dois anos e meio. Ela esteve ativa constantemente em jornais locais,publicou poesias, ficção, crônicas e até enigmas e charadas.


Firmina é autora de Úrsula, publicado em 1859, mas com circulação somente a partir do ano seguinte. Livro revolucionário para o seu tempo, figura como o primeiro romance abolicionista de autoria feminina da língua portuguesa; e, possivelmente, o primeiro romance publicado por uma mulher negra em toda a América Latina. A narrativa aborda o problema do tráfico negreiro e do regime como um todo a partir do ponto de vista do sujeito escravizado e transformado em "mercadoria humana". A autora traz para a nascente ficção brasileira a África como espaço de civilização e de liberdade.


A romancista era uma mulher ativa intelectualmente em sua cidade, dedicou sua vida à escrita e leitura. Ademais,atuou como folclorista e compositora, inclusive de um hino em louvor à abolição da escravidão. Ao longo de sua carreira publicou diversos livros em torno de sua defesa contra a escravização, como o conto "A escrava", texto abolicionista empenhado em se inserir como peça retórica no debate então vivido no país em torno da extinção do regime servil.




Referências:



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