top of page

5 invenções criadas por mulheres, que mudaram a maneira que vivemos


Por Isabelly Faria


O mundo está em constante evolução, e uma parte de suma importância para tal acontecimento, é a criação de novas invenções, tanto as que costumamos usar no nosso dia a dia, quanto aquelas que nos ajudam em momentos específicos. Muitos atrelam a criação de invenções diretamente ao sexo masculino, e acabam apagando mulheres que simplesmente mudaram o modo que vivemos com suas ideias brilhantes, ao final do texto, espero que você leitor, acabe se lembrando de ao menos um desses nomes, que definitivamente deveriam ser lembrados nos livros de histórias de todas as escolas.



Ada Lovelace - Primeiro programa de computador


Não existe a possibilidade de falarmos de tal tema sem mencionar Augusta Ada Byron King, mais conhecida como Ada Lovelace por conta de seu título de Condessa de Lovelace, no século XIX mais especificamente em 1842, Lovelace criou o primeiro algoritmo usado por uma máquina análitica, uma calculadora, o que culminou a criação do que hoje conhecemos como computador, uma máquina capaz de exercer diversas funções simultaneamente. Nascida em 1815 no Reino Unido, sempre demonstrou sua paixão pela matemática, aos 17 conheceu a matemática e cientista inglesa Mary Sommerville ( primeira mulher a entrar na sociedade real de astronomia ). Anos mais tarde, Ada traçou uma estratégia de como a máquina poderia ser usada para cálculos dos números de Bernoulli, sequência de números matemáticos racionais ligada à teoria dos números, esse método é considerado o primeiro programa de computador, e em sua homenagem em 1979 O Departamento de Defesa dos EUA desenvolveu uma linguagem de programação e a batizou com o nome de Ada. Mesmo falecendo ainda jovem, em 1952, Lovelace ficou mundialmente reconhecida como a mãe da programação.

Maria Beasley - Bote salva-vidas


Nascida em 1817 em Nova Jersey, Maria Beasley, foi uma inventora e empreendedora que pensava que já estava mais do que na hora de pessoas, que sofriam de uma morte trágica ao sofrerem um acidente marítimo, poderem ter uma chance pelo menos de salvar suas próprias vidas, por conta dessa questão a norte-americana em 1882, já com seus 65 anos, resolveu mudar a simples placa de madeira com remos que davam às pessoas caso o navio estivesse afundando, de uma maneira mais segura, e que pudesse salvar tantas vidas, Beasley fez com os bote salva vidas tivessem mais modernizados, trocando seu antigo material para algo compacto, à prova de fogo, de fácil e eficiente uso, com placas de metal capazes de boiar e navegar por longas distâncias de forma realmente segura. Foi comprovado o quanto de importância sua invenção tinha, após desastres como o Titanic aconteceram, onde milhares de vidas foram salvas graças a seus botes. Os botes não foram suas únicas criações, tendo também criado uma máquina que fazia barris, ambas invenções tendo a deixado com muito dinheiro na época. Beasley acabou falecendo em dezembro de 1891 aos 74 anos.

Anna Connelly - Saída de incêndio

Anna Connelly nasceu em 1858, e para nós pode acabar parecendo um absurdo imaginar uma época em que os altos edifícios tinham saídas complicadas caso pegassem fogo, sendo o único jeito de talvez conseguir sobreviver, ter de subir até o último andar o que acarretaria em extrema dificuldade para que de fato alguém conseguisse sair vivo, porém antes da ideia de Anna em 1887, era o que acabava ocorrendo, sua ideia era de criar uma ponte retrátil de metal, que ligava um prédio ao edifício vizinho, para facilitar a passagem das pessoas, garantindo ainda a sua segurança, a distância entre eles, permitia que o prédio vizinho não entrasse também em chamas, tal ideia foi o que acabou sendo a base para a criação das escadas de incêndio que conhecemos nos dias de hoje. Não tem um modo exato nem de calcular a grande quantidade de vidas que foram salvas, pela evolução da ideia de Connelly, mas a vida de muitos foram salvas graças a sua invenção, que até os dias atuais tem grande uso. Connelly faleceu em 1943, aos seus 85 anos.

Hedy Lamarr - wi-fi e tecnologias celulares

Nascida na Áustria em 1914, Hedwig Eva Maria Kiesler conhecida popularmente pelo nome artístico de Hedy Lamarr, foi uma mulher judia, que se refugiou nos Estados Unidos, e obteve renome em mais de uma carreira, além de ser uma ótima atriz, Lamarr era uma inventora, que desenvolveu o sistema de salto em frequência, planejado originalmente para guiar torpedos submarinos usando sinais de rádio, que fez com que duas das tecnologias mais famosas nos dias atuais fossem inventadas, sendo elas a internet wi-fi, e a conexão bluetooth. O sistema que ela criou, é a base para o espectro de propagação de salto de frequência, que tem utilidade em aparelhos de comunicação sem fios, fazendo com que seja mais complicado interferências, e torna complicado interceptações de terceiros. Toda essa ferramenta, foi criada por conta de sua preocupação com sua mãe, que ainda estava na Áustria no período de guerra, foi em 1940, enquanto tocava com um compositor da época, que ela teve a ideia sobre a tecnologia de salto de frequência, transplantando a nova criação para torpedos submarinos ( que na época era guiado por sinais de rádio, fazendo com que facilmente a marinha alemã provocasse perda na conexão.). Em 1942 o sistema foi patenteado, mas por conta de ter sido feito por uma mulher, não foi usado durante a segunda guerra mundial, a tecnologia era muito avançada para sua época, após anos a patente expirou, e Lamarr não recebeu nenhum dinheiro por isso. Apenas em 1997, três anos antes de sua morte que foi reconhecida, ganhando nos anos seguintes inúmeras homenagens.

Stephanie Kwolek - Fibra Kevlar


Kwolek nasceu em 1923 na Pensilvânia, seus planos sempre foram fazer faculdade de química e de medicina, iniciou seu sonho cursando química através da a faculdade feminina Margaret Morrison Carnegie College da Universidade Carnegie Mellon, assim que se formou, começou sua busca atrás de um emprego, ela se candidatou a um cargo de química na DuPont Company, entre outros lugares, sua entrevista de emprego foi feita com o inventor do celofane à prova d'água, que era então diretor de pesquisa, conhecido como W. Hale Charch. A entrevista teve um diferencial, após dizer que precisaria da resposta do homem mais rápido, já que ela tinha outra proposta para aceitar, Stephanie acabou ganhando a vaga, achando que foi principalmente pela sua audácia. Kwolek abandonou sua ideia de estudar medicina, após sua pesquisa sobre polímeros se mostrar tão interessante e desafiadora. Entre as pesquisas que estava trabalhando, inclui a busca de um novo polímero, além de um novo processo de condensação dos mesmos, estava na casa dos 40, quando foi convidada pela DuPont, a explorar novas fibras capazes de atuar em condições extremas. De forma inesperada, acabou descobrindo que sob certas condições um grande número de moléculas, se alinham de modo paralelo, fazendo uma solução, que após processos pode virar fibras orientadas de muito alta resistência e rigidez. Essas fibras eram diferente de todas já vistas anteriormente, a fibra Kevlar passou a salvar vidas como sendo um colete a prova de balas; transmitindo diversas mensagens através do oceano, como um protetor de cabo de fibra óptica submarina; para suspender pontes com cordas super-fortes; além de poder ser usado de inúmeros outros modos, desde roupas protetoras até canoas, tambores e frigideiras. Kwolek ganhou inúmeros prêmios por sua invenção, serviu como mentora para diversas outras mulheres, além de ter participado de programas que influenciavam crianças a gostarem de ciências, aos 90 anos, ela acabou falecendo em Delaware.

Bibliografia:


24 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page