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Mulheres brasileiras na ciência


Mulheres brasileiras na ciência

A maioria dos brasileiros, se forem questionados a dizer o nome de algum ou alguma cientista, vão provavelmente pensar em Newton, Tesla, Curie e Einstein, o desafio de uma resposta, se intensifica ainda mais se for voltado para alguém que atue ou já tenha atuado que possua a nacionalidade brasileira, precisamos ter um conhecimento maior nesse quesito, e é por esse motivo que hoje trago 5 mulheres cientistas brasileiras e o que elas fizeram que são os motivos de precisarem ter seus devidos reconhecimentos.


Mayana Zatz

(Pioneira em doenças neuromusculares)


Mayana Zatz nasceu em 1947 em Israel, e veio para o Brasil com apenas 8 anos de idade, e por aqui ficou, desde pequena sempre teve grande interesse pela área de biologia, e ainda no colégio acabou se interessando ainda mais por genética. Na universidade de São Paulo, não surpreendeu ninguém ao optar pelo curso de ciências biológicas, e ali aprofundou seu contato com genética humana, aos 21 anos se formou e começou a trabalhar com aconselhamento genético para famílias portadoras de doenças neuromusculares, se tornou mestre pela USP em 1970 e em 1974 completou seu doutorado em genética, seu pós-doutorado em genética humana foi concluído na Universidade da Califórnia UCLA. Em 1981 fundou a Associação Brasileira de Distrofia Muscular, onde até hoje continua sendo a diretora do local, em 1995, em conjunto com Maria Rita e Eloísa de Sá, outras duas cientistas, encontraram um dos genes associado a distrofia dos membros, as três também foram as responsáveis por terem mapeado o gene responsável pela Síndrome de Knobloch. Ela é uma pioneira na área de estudo de doenças neuromusculares, e durante sua vida recebeu diversos prêmios, entre eles, condecorada com a grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e o prêmio latino-americano dos Prêmios L’Oréal-UNESCO para mulheres em ciência. Atualmente ela pesquisa sobre a variabilidade genética da COVID-19.

Elza Furtado Gomide

(Primeira mulher a se graduar em matemática em São Paulo)


Nascida em 1925, aos 25 anos foi a primeira mulher a se graduar em matemática pela faculdade de São Paulo, sua primeira opção foi física, mas não demorou muito para perceber qual era sua verdadeira paixão, formada pela USP, fez parte da criação de sociedades matemáticas, além de ter feito diversas pesquisas com grandes matemáticos europeus. Elza diz que seu maior feito foi inspirar que outras mulheres, assim como ela, conseguissem ser graduadas na mesma área que escolheu, em 1970 a então chefe do departamento de matemática, contribui de forma significativa para que o instituto fosse o formador de professores e pesquisadores. Continuou trabalhando em pesquisa até a década de 60, e nesse meio tempo orientou muitas teses, mestrados e doutorados. Em 1994 ela junto com outros professores, implementou a estrutura curricular para o curso de Licenciatura em Matemática, que continua a mesma até os dias atuais Em 1995 após 50 anos de trabalho na USP, ela se aposentou, porém continuou lecionando até ter uma condição de saúde, em outubro de 2013 aos 88 anos Elza faleceu e deixou dois sobrinhos.

Nise da Silveira

(Pioneira em métodos da psiquiatria humanizados)


Nascida em 1905 no Alagoas, Nise estudou em uma das melhores escolas da sua cidade, aos 16 anos iniciou a faculdade de medicina e em 1926, foi a única mulher de uma turma de 157 pessoas a se formar, ainda em 1926 resolveu se mudar com o marido para o Rio de Janeiro. Estagiando um período em uma clínica voltada para neurologia, Nise se especializou em psiquiatria, e em 1933 decidiu participar de um concurso que era para uma vaga no Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental do Hospício Nacional de Alienados, ela foi aprovada, porém não durou muito por compactuar com a ideia de comunismo, além de ser engajada com atividades do Partido Comunista Brasileira o PCB. Ela acabou sendo expulsa por conta de mentiras espalhadas. Em 1936 ela foi presa por conta de sua ideologia, e só em 1937 saiu foragida da prisão, em 1944, quando a ditadura estava enfraquecida no Brasil, Nise retomou sua carreira passando a atuar no Centro Psiquiátrico Nacional de Engenho de Dentro, que agora tem o seu nome. Ela é principalmente lembrada, por ser completamente contra aos métodos que eram tradicionais, como, lobotomia, insulinoterapia e eletrochoque, já naquela época vendo que eram atos hediondos, ela propunha atos mais humanizados, para a segurança dos pacientes, utilizando da arte, e do contato com cães e gatos. O trabalho considerado como pioneiro, também incluia introduzir estudos de Jung, recebeu inúmeros prêmios durante sua vida, sendo reconhecida mundialmente, em 1975 se aposentou, e em 1995 devido a idade avançada faleceu.



Ester Cerdeira Sabino

(Liderou o grupo do sequenciamento genético do COVID-19)


Nascida em 1960 na cidade de São Paulo, Ester trilhou um caminho que a levou até a faculdade de medicina, onde se formou em 1984, logo após finalizar a residência médica em 1986 foi contratada pelo IAL para trabalhar na seção de Hepatites e Aids, no mestrado seu primeiro foco foi sobre a hanseníase, mas logo mudou para Aids. Após ganhar uma bolsa da Fundação Fogarty localizada em São Francisco, passou dois anos no país, e assim conseguiu desenvolver-se muito conseguindo trabalhar com agilidade, e aprendendo sobre biologia molecular. Em 2006 iniciou um projeto para estudar doenças transmissíveis pelo sangue, que continua até os dias atuais trabalhando em conjunto com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Foi em 2012 que começou a trabalhar na USP, focando suas pesquisas em como o vírus da dengue se comporta, e principalmente na doença de Chagas. Foi ela que durante a pandemia estava a frente de um grupo com 27 membros, sendo 17 entre eles mulheres, e 14 bolsistas, que conseguiram em apenas dois dias após o vírus chegar no Brasil descobrir o sequenciamento do genoma do novo coronavírus; nas palavras dela, quem mais trabalhou nas pesquisas foram Jaqueline e Ingra, duas estudantes bolsistas da FAPESP, que passaram o dia inteiro atrás de respostas.

Juliana Estradioto



(Única brasileira a ter seu nome em um asteroide)

Juliana Estradioto fez algo incrível e não somente pela pouca idade que possui, aos 16 anos, ela viajou da pequena cidade que nasceu no interior do Rio Grande do Sul, para a grande São Paulo, com o motivo de apresentar seu novo projeto, onde com cascas de maracujá criou um plástico biodegradável, e esse não foi o único feito da gaúcha, com seus outros projetos, ela chegou a ir para a Suécia, onde participou da entrega do prêmio nobel. Além de já ter ganho diversos prêmios, por conta de uma de suas descobertas que ganhou tração internacional e era em conjunto com o MIT, acabou por ter um asteroide com o seu nome, sendo a única brasileira a ter tal feito. Formada no IFRS ela gosta de destacar a sorte que teve ao estudar em uma escola de tamanha qualidade, onde sempre se sentiu incentivada a fazer pesquisas. Em 2020 ela se preparava para se mudar para Porto Alegre, para dar início ao curso de Engenharias de Materiais na UFRGS já que sempre foi apaixonada por laboratórios, a jovem espera poder no futuro ter uma instituição para si, e que outras garotas, inspiradas não somente por sua história, façam aquilo que gostem, foi por esse motivo que criou o menina cientista, uma rede que ajuda a dar visibilidade a meninas que fazem suas próprias pesquisas.

Mayana Zatz

(Pioneira em doenças neuromusculares)


Mayana Zatz nasceu em 1947 em Israel, e veio para o Brasil com apenas 8 anos de idade, e por aqui ficou, desde pequena sempre teve grande interesse pela área de biologia, e ainda no colégio acabou se interessando ainda mais por genética. Na universidade de São Paulo, não surpreendeu ninguém ao optar pelo curso de ciências biológicas, e ali aprofundou seu contato com genética humana, aos 21 anos se formou e começou a trabalhar com aconselhamento genético para famílias portadoras de doenças neuromusculares, se tornou mestre pela USP em 1970 e em 1974 completou seu doutorado em genética, seu pós-doutorado em genética humana foi concluído na Universidade da Califórnia UCLA. Em 1981 fundou a Associação Brasileira de Distrofia Muscular, onde até hoje continua sendo a diretora do local, em 1995, em conjunto com Maria Rita e Eloísa de Sá, outras duas cientistas, encontraram um dos genes associado a distrofia dos membros, as três também foram as responsáveis por terem mapeado o gene responsável pela Síndrome de Knobloch. Ela é uma pioneira na área de estudo de doenças neuromusculares, e durante sua vida recebeu diversos prêmios, entre eles, condecorada com a grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e o prêmio latino-americano dos Prêmios L’Oréal-UNESCO para mulheres em ciência. Atualmente ela pesquisa sobre a variabilidade genética da COVID-19.


Bibliografia:

Por Isabelly Faria

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