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Mulheres de Conforto: histórico de tráfico além das fronteiras

Foto do escritor: stemparaminasstemparaminas


Autoria de Safira Dias


É primordial a discussão da decorrência do tráfico e a sua relação com a desumanização ou invisibilidade da mulher na sociedade. Por isso, o seguinte texto explora a temática de forma a fazer uso de dados que confirmem a problemática da questão: tráfico de mulheres Sul-coreanas para além das fronteiras do Japão e progrida na compreensão do conceito de “Mulheres de conforto”. Entende-se o termo tráfico como a mercantilização e o transporte de pessoas ou objetos, entre muitos casos, mulheres.

Estima-se que mais de 80 milhões de mulheres, durante a guerra, foram usadas para comércio ilegal e escravidão sexual, gerando uma onda de pavor e um período de demasiado terror. As chamadas mulheres de conforto também podem ser reconhecidas como vítimas de um tráfico humano, tem prova da satisfação de soldados japoneses. Abusos eram recorrentes e aconteciam nas “Estações de Conforto”, espécie de alojamento precarizado para ter controle das vítimas e usufruir de sua vulnerabilidade.

Durante a Guerra do Japão e da Coréia do Sul, mulheres de diversas áreas da Ásia foram forçadas por militares japoneses a se tornarem "mulheres de conforto", prostitutas, em bordéis militares. Entretanto, apenas em 2023 o tribunal Superior de Seul concluiu que é de responsabilidade do Japão pagar 200 milhões de wons, 754 mil reais, a cada uma das mulheres envolvidas por considerar que elas foram vítimas de tráfico e aliciadas para a escravidão sexual. Este evento é o marco é de extrema importância para a história do continente asiático.

Apenas 78 anos após o fim da guerra, as vítimas de tráfico humano estão a vir ser ressarcidas. Por essa questão, é de extrema importância a discussão sobre a pauta e a exposição de casos semelhantes.

Diversos métodos para atraí-las eram utilizados. Entretanto, era recorrente que as mulheres fossem parar nessas estações devido a promessas de emprego e uma vida nova.

Mesmo após anos do ocorrido e denúncia de algumas vítimas sobreviventes, o Japão nega a existência das unidades de conforto e qualquer passagem na história do país que esteja relacionada com a comercialização de mulheres Sul-coreanas.

O uso de forças maiores para se aproveitar de pessoas vulneráveis sempre esteve presente nas sociedades e, por isso, é muito importante dar voz às vítimas de diferentes formas de agressão e fazer uso de toda tecnologia disposta para denunciar casos e garantir o ressarcimento ao limite para casa pessoa exposta à situação de violência, dessa maneira, reafirmando a presença de seus direitos.

Ademais, é bom questionar as diferentes formas que os agressores encontram para apagar o histórico de ilegalidades, violência e uso excessivo inadequado de poder. Com a existência de vastas opções, pode fluir de movimentos estéticos ao direcionamento para outra fonte que supra a necessidade midiática de consumir notícias.




Referências


Behs, Edelberto. Feridas de guerra ainda sangram na Coreia. Institutos Humanos Usininos. 24 de Julho de 2020. Acessado às 22:01 de 1 de Setembro de 2024. 


Silva, Thaisa Daniel Agostinho da. A luta das mulheres japonesas, coreanas e chinesas contra o silêncio da escravidão sexual vivido na segunda guerra mundial (1939-1945). 2022.


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